Permanecia imóvel na escuridão, sem conseguir se desvencilhar das amarras para sair a procura do caminho; um sentimento de estranheza ia se apossando da alma e despertando num vazio.
Teve medo!
A impressão era que a vida deixava de ter sentido, as palavras sufocavam e um pranto preso à garganta impedia de respirar. Tentava interromper essa ânsia mas se sentia impossibilitada de sair daquelas amarras. Era um corpo preso ao medo de uma eterna reclusão sem conseguir se libertar, não encontrava a saída… não enxergava o caminho. Assustou-se…encolheu-se ainda mais…
Queria voltar à caverna onde fora gerada…
Agora… entrara num labirinto e não conseguia saber que rumo tomar. Tudo se tornara escuro, as palavras se apagaram e um silêncio gelado percorre todo o corpo, quis gritar, o som preso a garganta parecia um inferno que a devorava. Teve a impressão de que uma luz se aproximava… de repente tudo escureceu. Gelou. O corpo todo estremeceu…sombras monstruosas se aproximavam… o grito retido irrompeu, rasgando o véu da noite…
Fora um grito d’alma…estremeceu todo o corpo e Silenciou…