ACREDITAMOS[1]
1. Que o homem é produto da evolução, faz parte da natureza e seu produto mais acabado porque dotado de razão e
consciência.
2. Que a essência do homem é passível de comprovação; porém não é uma substância que o caracteriza nas épocas
históricas. A essência do homem consiste na contradição razão e autoconsciência. Pelo fato de ser humano, a vida
lhe impõe a seguinte questão: como superar divisão entre ele mesmo e o mundo exterior, para chegar à experiência
da unidade e integração com outros homens e a natureza. O homem a todo momento precisa responder à esta
questão a todo momento não apenas com pensamentos e palavras, e sim pelo ser e agir.
3. Que há um numero limitado e verificável de resposta a esta questão da existência – ver a história da religião e da
filosofia -há basicamente duas categorias de respostas: a) o homem procurar a harmonia com a natureza pela
regressão a uma forma de existência pré-humana, eliminando suas qualidade especificamente de razão e amor; na
outra b) o objetivo de pleno desenvolvimento dos poderes humanos para atingir plena harmonia com os outros
homens e a Natureza.
4. Que a primeira está destinada ao fracasso porque leva à morte, destruição e sofrimento do homem, jamais à
harmonia e a força; a segunda resposta, elimina a ambição e egocentrismo, exige disciplina, vontade, respeito pelos
que podem mostrar o caminho.
5. Que a alternativa básica do homem é a escolha entre à vida e a morte; todo ato implica esta escolha. O homem está
livre para fazer a escolha, mas a liberdade é limitada em virtude das condições favoráveis e desfavoráveis p.ex.
constituição psicológica, da sociedade em que nasceu, família, amigos que conhece ou que escolhe, dentre outras….
6. Que nem a vida nem a morte tem um sentido final e que dê sentido à vida do indivíduo que justifique sofrimento.
7. Que ninguém pode salvar outro homem fazendo por ele a escolha, o que pode fazer é mostrar a alternativa com
sinceridade e amor, sem sentimentalismo ou ilusão.
8. Que há dois modos de chegar à escolha do bem. O primeiro caminho do dever e obediência aos mandamentos (veja-
se os 10 mandamentos), humanos, morais; o outro é desenvolver um gosto e um senso de bem-estar com a execução do que é bom, correto; ou seja, não o prazer pelo prazer mas de paz e bem estar humano.
9. Que a educação significa mostrar aos jovens o melhor legado é expresso em palavras, sendo também as condições
objetivas e subjetivas. Ressaltando que para essa realização é “o educador precisa ser educado…”.
10. Que o aperfeiçoamento do ser humano, de sua humanidade seja o projeto fundamental, significando, sobretudo, que
o homem PODE atingir os seus objetivos, mas é preciso que DEVE buscar alcançar, vai depender das escolhas
feitas.
11. Que só excepcionalmente o homem nasce santo ou criminoso, a maioria tem disposições para o bem e para o mal; o
destino do individuo é em grande parte pelas influências que modelam às disposições existentes.
12. Que a sociedade tem ao mesmo tempo uma função estimulante e outra inibidora; por isso a cooperação com os
outros, e somente no processo histórico o homem cria a si mesmo e participa na criação do(s) outro(s). até o
presente, as organizações tem servido aos poucos e aos demais só deveres. O pobre esteve e está destituído da da
riqueza produzida e consequentemente de possibilidades de humanização.
13. Que todo o homem representa a humanidade e carrega em si o universo e às diferenças entre eles são quanto à
inteligência, saúde, talento e os elementos de suas condições objetivas e subjetivas.
14. Que o homem só pode visualizar a experiência de todo homem universal compreendendo a sua individualidade, e
sem reduzir-se a um denominador comum, abstrato; tarefa principal do homem compreender sua individualidade e
paradoxalmente transcender para atingir a universalidade.
15. Que o mundo humano, uma sociedade verdadeiramente humana só poderá existir se o homem reconhecer sua
humanidade gerado pela Mãe Natureza, logo, uma só família, Humana.
16. Que o desenvolvimento humano é um processo de nascimento contínuo e contínuo despertar. Esse processo está
diretamente vinculado às relações sociais, principalmente de produção.
17. Que a evolução do homem nos últimos anos é uma história surpreendente. A emergência da sociedade capitalista
tem-se um profundo e avassalador avanço da ciência, tecnologia, conhecimento, a mas em contradição uma
perspectiva de retorno à barbárie como “lepra civilizada”.
18. Que a única força capaz de salvar o mundo humano é, não só a razão, mas também o resgate do sentimento de
resgate de humanidade que define no homem como este ser que que sabe que sabe e constrói o seu próprio mundo.
19. Que a razão só pode ser eficiente se e somente se houver reconhecimento e a prática de fazer do mundo cada vez
mais humano. Segundo Goethe: Ou o mundo é capaz de resgatar o processo de humanidade e continuar nessa
jornada ou, então, perecerá e consequentemente a espécie humana será eliminada.
20. Que reconhecer a verdade não é somente uma questão de inteligência, de consciência, mas de caráter. Usar a
coragem para dizer NÃO às ordens arbitrárias do poder constituído e da opinião pública manipulada. Acordar do
grande processo de manipulação e tornar-se humano e se reconhecer enquanto tal.
21. Que na liberdade, o direito que o ser humano tem de ser ele mesmo, humano, deve afirmar-se e lutar contra tudo e
todos que tentam impedir esse processo de humanização. A “liberdade em relação a…” é libertardade para tornar-se
independente, liberdade de SER muito, ao invés de TER muito e usar as pessoas para isso. A liberdade de cada um
deve se realizar na liberdade do outro. Ela deixará de ter limite no outro. O outro é a realização da liberdade de cada
um.
22. Que nenhuma modelo político até agora posto em prática alcançou a sociedade humana; é preciso construir um
tempo de superação das barreira que impedem a emancipação humana ou a humanidade social. Lembra que: “…é a
partir dos escombro da ‘velha’ sociedade e no seio dela que emerge a nova organização social…”.
23. Que os erros e falhas das tentativas na vida individual e social consiste em ter sido escolhido alternativas para a
emancipação política, com a sociedade atual, a luta tem que ser a de construir a sociedade verdadeiramente humana.
24. Que o o ser humano deve se libertar das ilusões e ideias que o escravizam e o paralisam; é preciso tirar os véus e
desenvolver a consciência da realidade dentro e fora de si mesmo para, então, criar, construir um novo tempo a partir
de toda riqueza objetiva e subjetiva produzida até agora.
25. Que uma das primeiras questões a ser resolvida é a superação da relação de produção que gera a guerra, que nada
mais é do que a busca de lucro. A sociedade vive o momento de garantir sua reprodução a partir da destruição e da
produção do falso necessário para continua sendo o que é, de exploração, de destruição e retorno à barbárie.
26. Que, caso contrário, não for transformada as reações sociais e as formas de produção a sociedade, o mundo humano
perecerá no holocausto nuclear. Ocorrerá, não porque o homem foi incapaz de se tornar cada vez mais humano e
sim, porque os interesses de classes, da classe dominante só se interessa em se reproduzir enquanto tal. Não admite
e não permite a construção da verdadeira sociedade humana ou humanidade social, momento em todos se
reconhecerão como de uma mesma família, HUMANA!
27. Que no aperfeiçoamento e de sua humanidade é preciso acreditar e lutar para essa realização.
28. Que a questão fundamental é saber O QUE FAZER?
29. Que é preciso compreender: “os homens só se poem questões que são capazes de resolver”; as questões postas
nesta encruzilhada em que se encontra o mundo humano é preciso, segundo o professor Chasin
1. RE-COMEÇO antes de tudo um RE-ENCONTRO de classe, uma RE-TOMADA DA RAZÃO DO
TRABALHO como potência central para uma ação política sem “politicismo”, nem “economicismo”, e
sim, pelo MOVIMENTO SOCIAL que vise a MATRIZ e por seu meio o complexo de sociabilidade que
ela engendra e mantém; ou seja, a CENTRALIDADE do trabalho e sua INDEPENDENCIA; isto é, a
demanda por um partido da razão do trabalho que atue de forma teórica e ideológica como núcleo
social decisivo de aglutinação e direcionamento.
2. O RE-COMEÇO é necessária e simultaneamente o . re-encontro com Marx, com sua obra, em seu
próprio primas e pelo exames das barbáries que vivemos e assistimos de forma
avassaladora.
. re-encontro com Marx da ontologia e da emancipação, da cognição radical que VAI ATÉ O FIM, e
da AÇÃO CONSCIENTE que vai até A RAIZ pela REVOLUÇÃO no conhecimento, nas relações
sociais de produção.
Finalmente, essas são as questões que devem ser enfrentados e ACREDITAMOS que a partir daí, então, construiremos a
SOCIEDADE VERDADEIRAMENTE HUMANA OU HUMANIDADE quando alcançaremos a VERDADEIRA EMANCIPAÇÃO